20 de maio de 2008

As minhas (nossas) sensações de mirtilo

Mesmo com muitas críticas más - mesmo não sendo o melhor filme deste senhor (realmente não é...) - mesmo a Norah Jones estando longe de ser uma actriz (a sério) - mesmo tendo inveja do charme do Jude Law - mesmo...

Mesmo assim, My Blueberry Nights (o nome em português é horrível) tem momentos bonitos. Bonitos ao sentirmos que, por vezes, as palavras conseguem descrever o que alma sente. E há dias - e noites - em que sentirmos um pouco de beleza é mais do que suficiente. E se neste filme existe alguma dispersão (quis dar demasiados exemplos para o que duas ou três frases dizem melhor), existem outros momentos de uma magia sombria, daquela que se sente debaixo de um candeeiro numa rua vazia. E há momentos que soam a verdadeiros, que trazem ecos de algo que se vê pouco nestes dias: sentimentos em estado crú. E, pelo meio, há actuações bonitas do Jude Law, da Rachel Weisz e também de uma senhora Chan Marshall (vocalista da banda Cat Power, que empresta parte da banda sonora do filme) que traz uma das "pérolas" do filme:

"A few years ago, I had a dream. It began in the summer and was over by the following spring. In between, there were as many unhappy nights as there were happy days. Most of them took place in this café. And then one night, a door slammed and the dream was over." (My Blueberry Nights, Wong Kar-Wai)

E já agora, para embalar a noite, fica também uma das canções do filme, The Greatest, obviamente dos Cat Power:

R.

1 comentário:

Nuno Guronsan disse...

Ainda não o vi (na última ida ao cinema acabei por o trocar por outra fita, só pelo cartaz. Mas a presença da amiga gata (aka Chan Marshall) deve significar qq coisa de bom...

E o som, o som...

Abraço, R.